PLASTICO –VILÃO OU MOCINHO?

Nossos últimos posts falaram sobre Preocupação Ambiental e Consumo Consciente e só para relembrar:

A Preocupação Ambiental nos leva a refletir sobre nossas atitudes para a manutenção da vida na Terra e, neste sentido, o conceito de Preocupação Ambiental vai além da preservação da floresta para uma reflexão sobre as atitudes diárias do ser humano buscando desenvolver novas tecnologias, mas sobretudo agir de maneira consciente para minimizar o impacto que a humanidade causa ao ambiente.

Sendo assim abordamos a questão do Consumo Consciente como uma maneira efetiva de atuar sobre a Preservação Ambiental de tal sorte que a preocupação com o meio ambiente não pareça uma “coisa” tão distante dos indivíduos que habitam os grandes centros urbanos.

Destacamos que atitudes simples como uma lista de compras, reciclagem ou a doação podem ser um grande diferencial quando se fala em diminuição do impacto dos resíduos produzidos pelo homem.

Mas como ligamos o Plástico a questão da Preocupação Ambiental e ao Consumo Consciente?

A partir da década de 90 muitos estudos surgiram no sentido de apontar os malefícios ambientais causados pelo uso de plástico, mas a bem da verdade, estes estudos estavam focados em apresentar dados referentes ao impacto ambiental que o plástico causava devido a sua lenta degradação.

Por ter uma vida útil muito longa, as embalagens plásticas começaram a ser encontradas nos mares, rios, florestas, sobrecarregaram os sistemas de coleta de águas pluviais e foram apontados como os grandes vilões da poluição.

A gigantesca “indústria do plástico” viu a necessidade de buscar novas alternativas para uso de seus produtos e também buscou criar novas tecnologias para que seus produtos causassem menos impacto ambiental devido a sua longevidade.

Através da Educação o Governo começou a investir em uma “cultura de reciclagem” e os jovens dos anos 2000 ficaram familiarizados com termos como reutilizar, reciclar, reaproveitar. Lixeiras de cores diferentes são colocadas nas escolas para incentivar a separação do lixo entre outras medidas.

Surge o “plástico verde”, bioplastico, centros de coleta de lixo para reciclagem, usinas de reciclagem e muitos investimentos vem sendo feitos no sentido de mostrar que o plástico pode ser reutilizado e degradado.

Mas se todo o material plástico é potencialmente reciclável ele ainda é apontado como o grande vilão da poluição ambiental?

A resposta a esta pergunta vem sendo amplamente debatida nos fóruns ambientais.

Em 1972 em Estocolmo, na Suécia, líderes mundiais se reuniram para discutir sobre a poluição e o impacto que o ser humano causava sobre o meio ambiente, mas apenas 20 anos depois, em 1992 houve o segundo encontro, a Rio 92 ou Eco 92 onde passaram a discutir sobre compromissos ambientais que deveriam ser firmados no sentido de preservar os recursos naturais e preservar a vida da Terra.

Dentre estes compromissos esta a urgência em políticas públicas que favoreçam e fomentem a reciclagem e/ou reutilização dos produtos à base de polímeros orgânicos e inorgânicos (plástico).

Os debates que envolvem o tema Preocupação Ambiental e Consumo Consciente devem levar em conta o uso do plástico nos mais variados setores da economia: embalagens, automobilista, farmácia, etc.

Queremos que o leitor reflita se o problema está na produção do plástico ou no seu descarte.

Devido a sua versatilidade e a grande possibilidade de reciclagem e reutilização não seria ele um grande aliado da preservação ambiental?

Difícil imaginar um mundo sem a presença de “coisas feitas com plástico” mas podemos trabalhar melhor o conceito que coloca o plástico como vilão do meio ambiente na medida em que passarmos a considerar o potencial do uso destes produtos a partir do consumo consciente, valorizando a reciclagem, reutilização e redução do uso de matéria prima.

LUCY NONNO
PEDAGOGA COM PÓS GRADUAÇÃO EM NEUROCIÊNCIAS E PSICOPEDAGOGIA
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