17 maio CONSUMO CONSCIENTE, um novo olhar para o futuro

Nossa última publicação falou sobre Preocupação Ambiental e como este conceito é muito mais amplo do que apenas uma preocupação com a natureza.

Estamos falando em Preservação das diversas formas de vida na Terra, o que nos leva a uma reflexão sobre o futuro da existência da vida em nosso planeta, de tal forma que as ações não se restringem apenas a relação entre o homem e a natureza. Abrangem a relação entre os homens, entre estes e os recursos naturais e  sua necessidade de produção e consumo.

A população humana cresce e necessita de bens de consumo, alimentos, moradia, etc, mas como tem sito trabalhada esta relação entre o homem e a necessidade de consumo?

O Ministério do Meio Ambiente definiu o Consumidor Consciente como o indivíduo que se torna um   “agente transformador da sociedade por meio de seu ato de consumo”.

Este consumidor leva em conta, ao adquirir um produto, sua origem, o caminho que percorreu até ser consumido e o destino que será dado a este após o consumo.

Vamos analisar isto com um exemplo prático:

Um consumidor de vegetais orgânicos geralmente procura saber a origem do alimento (onde foi plantado e com que tipo de adubação, por exemplo) valoriza as cooperativas de produção agrícola que tem certificação e normalmente efetua a reciclagem da embalagem e a compostagem dos resíduos orgânicos.

Mas apenas este tipo de consumidor poderia ser considerado um consumidor consciente?

Acredito que não.

O Consumidor Consciente reflete sobre o ato de consumo levando em conta a necessidade da aquisição dos produtos, valorizando a produção de bens de consumo que possam ser recicláveis ou reutilizáveis e entende que tudo aquilo que é consumido tem impacto sobre sua vida e também sobre a sociedade, natureza e o planeta.

Pequenos gestos podem trazer grandes transformações, trata-se de uma contribuição voluntaria em nome da vida.

Vamos então para algumas dicas:

1. Planeje suas compras, quando você planeja suas compras evita comprar itens repetidos ou desnecessários;
2. De preferência a embalagens que podem ser recicladas ou reutilizadas, hoje em dia a maior parte dos produtos estão em embalagens que permitem a reciclarem e a reutilização depende da criatividade (o google sempre pode ajudar);
3. Procure conhecer os postos de reciclagem do seu bairro ou cidade e lute por políticas públicas de coleta em seu município junto aos vereadores;
4. Pratique a doação de roupas e artigos que não tem mais uso. A doação é um gesto de amor ao próximo e também uma pratica de consumo na medida em que este bem passa a ser consumido por outra pessoa e não se torna “lixo”;
5. Evite banhos demorados, luzes acessas em ambientes vazios ou o uso irresponsável dos recursos naturais. Esta economia dos recursos naturais ajuda o meio ambiente e também o seu bolso.

Não resta dúvida que o mundo atual estimula o consumo desenfreado, mas é preciso refletir sobre o consumo consciente.

É importante cuidar das florestas, mas o maior diferencial virá na medida em que mudarmos nosso olhar sobre o consumo. Embora muitos de nós não tenhamos derrubado nenhuma arvore, quanto lixo já produzimos?

LUCY NONNO

PEDAGOGA COM PÓS GRADUAÇÃO EM NEUROCIÊNCIAS E PSICOPEDAGOGIA